quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Legião Urbana - Perfeição > Copa 2014

A 15 anos perdiamos um dos maiores poetas de nossa época.
Renato Russo deixou Músicas e letras que, apesar do tempo, estão cada vez mais atuais.


sábado, 12 de fevereiro de 2011

Imagine uma idéia maluca

A revolução popular do Egito que tirou um ditador do poder após 30 anos, teve uma característica muito peculiar: Não teve líder. As pessoas se organizaram e se manifestaram através da internet (e depois nas ruas) pela liberdade, sem precisar de lideranças que os apontassem o caminho a seguir.

É a primeira vez na história que isso acontece, e mostra uma nova realidade que vai causar arrepios aos políticos: Não precisamos mais deles.

Imagine um Brasil onde não fosse necessário existir um congresso onde os “escolhidos” decidem os caminhos da sociedade. Imagine um país onde as pessoas pudessem de casa, pela internet, votar em leis de seu interesse ou ir contra aquilo que não julgassem bom para o país. Sem conchavos, sem mensalões, sem troca de apoio por cargos de confiança.

Imaginou? Pois bem, esse mundo não está tão distante. Já temos todas as ferramentas para isso, só precisamos nos convencer que podemos ser donos do próprio nariz, do próprio dinheiro, afinal, o orçamento vem do bolso do povo. Imagine, você pode votar quanto do dinheiro público será gastos em escolas, hospitais, casas populares, e quanto NÃO será gasto em cargos de confiança e auxilio-paletó.

Imagine essa idéia virando realidade: Os homens de terno dizendo que o povo não tem capacidade de escolher o que é melhor para si, e que isso deve ficar restrito aos escolhidos altamente capacitados, como o nobre deputado Tiririca. Mas se não estamos “preparados” para escolher as leis, será que estamos preparados para escolher aqueles que decidem?

Se estamos preparados para uma coisa, também estamos para a outra. Mas se não estamos, então que paguemos pelos nossos erros, por que isso é melhor que pagar pelos erros cometidos por outros que subvertem nossa consciência.

O congresso, a chamada casa do povo, seria um modelo para a representação popular, pois é (ou era) impossível que cada lei fosse discutida por todos brasileiros. Mas hoje nada impede que as decisões sejam tomadas por seu dono legítimo.

Pode parecer uma idéia maluca, como toda revolução. Mas por todos os anglos é uma maluquice bastante razoável, pois se reivindicam nossa participação para decidir o BigBrother, não há motivos para nos manter fora de questões um pouco mais relevantes. Ou há?

Seja como for, essa idéia parece utopia, mas muito mais por que sabemos que muitos não vão querer largar o osso, do que propriamente pela maluquice em si. Mas se os egípcios conseguiram, por que a gente não pode?

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O mundo novo dos relacionamentos

Você sabe o que é EAD?

É Ensino A Distância.

Um jeito muito eficiente que as faculdades inventaram para diminuir gastos, como o custo do professor/hora, a necessidade do espaço físico da sala, e todo o custo que se tem em se manter todo o estabelecimento em si. Esse método a La “instituto universal brasileiro”, diminui também o aproveitamento do aluno, e depois, o aproveitamento do profissional pelo mercado. Mas para isso que inventaram as siglinhas, para suavizar o REAL significados dos termos.

Mas isso não vem ao caso.

O que queria dizer é que o “a distância” é uma nova tendência no mundo, um novo jeito de se viver. Porque não é so o ensino, tudo está ficando distante. A amizade também virou o AAD.

As pessoas têm duzentos contatos no Orkut, mas ninguém que queria ir com ela passear por aí, só por vadiagem, num domingo a tarde. E por quê?

Note cidadão, que eu disse “contatos” e não “amigos”. Porque é assim que nos acostumamos a chamar quem conhecemos: contatos = pessoas que me darão retorno. É a porra do network da filosofia babaca-empresarial que os Max Gehringer’s da vida nos fizeram acreditar como a formula do sucesso.

E nessa de NETIUORQUI acabamos por ter relações cada vez mais superficiais, com um monte de conhecidos, e quase nenhum amigo (principalmente onde trabalhamos). Mas lógico que esses caras não têm tanta influência assim, só estão empurrando a Nossa Senhora da Bicicletinha Sem Freio ladeira abaixo.

O principal fator dessa mudança é a forma como a internet se apropriou de parte de nossa vida. Primeiro veio como a possibilidade de contatar pessoas que no mundo real não seria possível, mas depois acabou substituindo o que só fazíamos ao vivo. Surgiu até o NAD: namoro a distancia.
Aos poucos nos acostumamos a viver mentirinhas virtuais. Os “amiguxos” que aparecem no Orkut so pra dizer feliz aniversário. “parabens... até o ano que vem!”. É mais fácil conseguir no virtual um depoimento de eterna amizade, do que uma mão pra segurar no cinema.

A consideração virou sinônimo de fingimento, em nome do politicamente correto. Parece que há uma resistência em aceitar o fato que é impossível ser um baita amigão de todo mundo. E principalmente, de aceitar que nem todo mundo que queremos a companhia, quer a nossa.

Nessa onda do politicamente correto mandamos um monte de =*****, sem nenhuma baba. O que mais higiênico, mas mais frio... e confuso para mim, já que não sei de quantos asteriscos se precisa para fazer um beijo de verdade.

Não to dizendo que internet não é legal, só que não pode substituir a vida ao vivo. Porque senão corremos risco de ter nossas relações verdadeiras transformadas num engodo, que aos poucos irão desfazendo pela frieza da distância.

Então me abrace, me dê um beijo, faça um filho comigo,
só não me deixe sentar na poltrona num dia de domingoo...

Domiiiiingoooo ♫.... rs

domingo, 3 de maio de 2009

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Marcos Zibordi palestra a alunos da UniSant'Anna

O jornalista e professor universitário Marcos Zibordi apresentou na noite de ontem uma aula-palestra a alunos de jornalismo na UniSant’Ana dos 3º e 4º semestres. Com um estilo despojado, Zibordi conquistou a plateia em uma conversa descontraída sobre jornalismo, mercado de trabalho e o futuro do impresso.

“O jornal pode até acabar, mas o jornalismo não”, disse o professor, que enfatizou o processo de mudança que vive o jornalismo hoje, e que segundo ele, ainda não criou uma linguagem jornalística para internet. “O que existe (nos sites de notícias) é a replicação da matéria do impresso, e notícias sendo lançadas no decorrer do dia daquilo que de mais importante aconteceu nas últimas horas”, e continuou, “quando digo ‘linguagem’ me refiro ao termo mais amplo da palavra, que não envolve só a escrita, mas som e imagem também”.


Repórter da Caros Amigos, Zibordi defendeu que é preciso abandonar a ideia de que somente em alguns poucos veículos de comunicação o jornalista teria liberdade, e que todo o resto estaria dominado pelo “mal”. “A realidade não é simplesmente dividida entre o bem e o mal, a coisa é mais complexa. Eu já escrevi matérias sobre o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em publicações que são declaradamente desfavoráveis ao movimento”.


"Há espaço"
Quanto ao mercado de trabalho, Zibordi disse que “há espaço” e que existe sempre a possibilidade para quem tem “algo para mostrar”, mas que é preciso estar pronto para quando a oportunidade surgir, “por que aí, você vai ter que ‘ser Ronaldo’. Quando a bola cair no seu pé você tem que fazer o gol”.
Embora o mercado jornalístico esteja cada vez mais reduzido nas grandes redações, o professor acredita que com a internet as possibilidades para o jornalismo se ampliam: “Você pode ter uma grande idéia, como o You Tube, e ficar rico”. Para ele, o fundamental para o jornalista é estar atento ao que acontece ao seu redor, para enxergar onde esta a notícia: “O jornalismo pode não dar certo para você, como também pode. Se não der, vai ser por sua causa, e se der certo também vai ser por causa de você”.

Hip-Hop

Estudioso da cultura hip-hop, Zibordi destacou a importância do movimento nas periferias: “Não é questão de gostar ou não, mas o hip-hop é um movimento cultural importante que não pode ser ignorado”, e encerrou a aula-palestra cantando um rap do grupo Sabotagem, “Rap é compromisso”.

Ouça a versão original : Sabotagem - Rap é Compromisso

terça-feira, 14 de abril de 2009

Um mundo novo de pessoas velhas

Um mundo novo de pessoas velhas. É assim que mundo é hoje, e é por esse único motivo que os jornais ainda não acabaram.

Durante a história da humanidade os desenvolvimentos tecnológico e cultural sempre tiveram um ritmo tão lento que os faziam quase imperceptíveis. Isto é, a pessoa vivia e morria num mundo bem parecido com o qual ela havia nascido. Mas hoje, estamos diante a um salto tecnológico que mudou e muda o mundo em muitos aspectos principalmente culturais. É algo absolutamente inédito, algo que talvez no futuro tenha o nome de alguma revolução, assim como existiu a revolução industrial, essa seja revolução da informação.

E como toda revolução, ela rompe com que existia antes, exigindo uma postura inédita também. Acreditar em experiências anteriores só serve para prever o futuro de um mundo que não existe mais. É verdade que a televisão não acabou com o rádio, assim como é verdade que a fita K7 quando surgiu não acabou com o LP. Deve ter sido baseado nesse raciocínio que a industria fonográfica botou suas fichas na aposta que a onda do MP3 não passaria de uma marolinha, e quando o tsunami veio era tarde para convencer um público, acostumado com baixar música de graça, a pagar por elas.

Hoje o público do impresso é composto em sua maioria por pessoas com mais de 30 anos, e conhecendo essa sua audiência, os jornais investem em matérias que sejam de interesse nessa faixa etária, como mudanças na previdência e preços dos alimentos. O grande problema dessa estratégia está no longo prazo, a medida que não demonstra interesse de se renovar o público.

Como o jornal impresso virou "coisa de aposentado", é impossível imagina um futuro para essas publicações, que se ainda sobrevivem hoje, é pelo fato dos leitores com mais idade não aderirem novidades (como a internet) com tanta facilidade.

O jornal vive é num mundo novo de pessoas velhas, por essa razão cada vez mais o impresso tende a abandonar a universalidade e caminhar no sentido das "ditabrandas da vida", afim de agradar esse público "Homer". Esse seria um triste fim no melhor (ou pior) estilo "cidadão kane".

Esta postura dos impressos pode ser movida pelo sentimento imediatista das vendas de jornais, mas em última analise é um forte indicativo que eles já deram a batalha (e a guerra) como perdida.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Estudantes brasileiros invadem a Bolívia

Enquanto se consolida o êxodo de trabalhadores bolivianos para grandes cidades brasileiras, um outro movimento se desenha no sentido contrário: o de jovens brasileiros que vão para Bolívia estudar.

Atraídos pelo baixo custo de vida, estudantes brasileiros veem na Bolívia uma oportunidade de cursar universidades que no Brasil não lhes seriam possíveis. As mensalidades do curso de Medicina, por exemplo, que é um dos mais procurados por brasileiros, custam em torno de 240 reais. Em uma universidade privada de São Paulo essas mensalidades não custariam menos de 3 mil reais.

Toda essa diferença fez com que nesses últimos anos um batalhão de jovens brasileiros invadissem as salas de aula das universidades bolivianas. “Aqui, na Bolívia, 98% dos estudantes de medicina nas universidades particulares são brasileiros”, diz Lorena Fergon, estudante de medicina da Universidad Cristiana de Bolivia. Ex-estudante de enfermagem no Brasil, ela abandonou o curso para ir estudar medicina na Bolívia, e compara: “No Brasil, só o curso de enfermagem eu pagava 640 reais.(...) Aqui com mil (reais) eu pago universidade, aluguel, alimentação, transporte, etc., mas tem gente que se vira com 800, ou até menos.”

Com ampla maioria brasileira nas salas, os professores acabam sendo mais tolerantes nos primeiros semestres quanto às dificuldades impostas pelo idioma. “Espanhol é tranquilo, mas algumas palavras a gente tem dificuldade. Então eles (professores) dão aula em espanhol, mas aceitam apresentações em português”, conta Roberto Martins, também estudante da Ucebol, como é conhecida a universidade na região de Santa Cruz de La Sierra.

“Medicina sem vestibular”

Na Bolívia, as universidades particulares não exigem que o aluno preste vestibular para ser admitido. Existem até sites na internet que oferecem serviços de “agenciamento” para os estudantes junto às universidades e nos consulados para a obtenção de visto de estudante. Com chamadas como “medicina sem vestibular”, o acompanhamento de todo o trâmite da documentação é prometido por preços que vão de 500 a 2500 reais.

O grande problema acaba sendo para poder clinicar no Brasil, já que o diploma boliviano não é válido aqui. Para valida-lo é necessário prestar uma prova junto ao CRM (Conselho Regional de Medicina). Ou, pedir a transferência para uma universidade brasileira antes da conclusão do curso, para se obter o tão desejado registro no CRM. Isso porque, apesar da imensa maioria dos estudantes brasileiros de medicina afirmar estar gostando da experiência, poucos pretendem viver no país após a conclusão do curso.